A Travessia da Alma Contemporânea: Um Diálogo Psicanalítico com a Religião na Era dos Céus Vazios
setembro 17, 2025
Vivemos tempos paradoxais. Herdamos de séculos de crítica filosófica o silêncio de um Deus que parece ter-se retirado da cena do mundo, mas não herdamos a paz que esse silêncio poderia prometer. Pelo contrário, uma nova e difusa angústia, um mal-estar característico da alma do século XXI, instalou-se em nós. Estamos em uma era de
A Travessia e a Aldeia: O Manifesto Psicanalítico por um Cuidado Humano no TDAH
setembro 15, 2025
Chegamos ao final de nossa jornada. Percorremos um longo e, esperamos, frutífero caminho de desconstrução de certezas, de quebra de paradigmas e de construção de novos olhares sobre o fenômeno do TDAH. Partimos de uma simples sigla e chegamos a uma complexa tapeçaria de significados, onde a neurobiologia dialoga com a biografia, o sintoma se
O Contrabandista e o Formulário: A Subversão Psicanalítica das Ferramentas de Avaliação no TDAH
setembro 15, 2025
No cenário da saúde mental do século XXI, o consultório, outrora um “território sagrado de encontro genuíno”, corre o risco de se tornar refém de uma “lógica da empresa”. Pressionados por sistemas que exigem diagnósticos rápidos e resultados mensuráveis, os profissionais se veem imersos em uma crescente “burocratização da clínica”. Escalas, questionários e protocolos padronizados,
O Educador como Arquiteto de Almas: A Psicanálise e a Ressignificação da Escola no Contexto do TDAH
setembro 15, 2025
A escola é, por excelência, o palco social onde as diferenças de uma criança com TDAH se tornam mais visíveis e, frequentemente, mais problematizadas. É no confronto com a carteira, o horário e a demanda por atenção sustentada que a sua singularidade neurológica se choca com as expectativas de um sistema muitas vezes rígido e
A Orquestra e Seus Músicos: O Papel da Psicanálise na Construção de um Cuidado Interdisciplinar para o TDAH
setembro 15, 2025
No complexo cenário da saúde mental contemporânea, a criança ou o adulto com TDAH encontra-se no epicentro de uma verdadeira “Torre de Babel”. Psiquiatras, neurologistas, pedagogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos — uma miríade de especialistas bem-intencionados ergue, tijolo por tijolo, discursos sofisticados em suas próprias linguagens técnicas. No entanto, sem uma articulação, sem um maestro que